A liberdade nasceu com a magia, a poesia e o excedente de produção.
A cultura é o que dá forma e problematiza a vida comum de um povo.
Toda sociedade, portanto, deve perpetuar e se defender das criações de sua própria cultura.
Artistas ― dançarinos, artesãos, contadores de histórias, inventores, profetas ― não criam realidades sociais e, sim, possibilidades de existência.
Artistas não criam objetos, artistas criam por meio de objetos.
A criação não conclui o mundo, ela engendra mundos.
Por isso a cultura nunca estabelece um catálogo completo das atividades válidas para a sua construção.
Museus não foram feitos para levar a arte até às pessoas, mas para manter as pessoas longe da arte.
Sociedades vivem dentro de fronteiras definidas, a cultura move-se continuamente para fora delas.
Não se pode olhar para o horizonte porque ele é somente o limite daquilo que a visão alcança.
O horizonte não contém nada em si, apenas se abre para além das nossas limitações.
Nunca alcançamos o horizonte: deslocar-se em direção a ele é simplesmente descobrir novos horizontes.
Estar em um lugar significa tornar absolutos o número, o espaço e o tempo.
Ninguém sabe para onde vão os nômades.
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