Libertei o sonho onde durmo, onde
nos teus olhos ilíricos
o nascimento e a morte acumulam
seu contágio
Superfície de encantos esquecidos
logo que descobertos
felicidade dos pequenos mundos
que há em almoxarifados e quartos de despejo
não separei nada:
luz, calor, dobras da ausência
ou a boca que sobe para a sua verdade
nem a agulha, forte como uma espada,
corri para a noite em que nos unimos
a noite arreganhada-agônica
numa luta suave e louca
a noite que humilha
a noite que cava desesperos
e solidão
e futuro
e o sol batendo à porta
fechando as asas
fluindo a carne doce da primavera
a nossa luz sustenta o vazio (que sustenta o desejo)
que sustenta a liberdade que o amor sustenta
Nenhum comentário:
Postar um comentário
obrigado por contribuir e compartilhar com a i:i