Consulta Psicoespiritual (Taroterápico)

quinta-feira, 24 de março de 2011

PELOS DIREITOS DAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIAS

Categoria : Direitos Humanos
MANIFESTO VIOLÊNCIAS E CUIDADOS: para que as vítimas de violências recebam cuidados apropriados e que seus direitos sejam respeitados!
Na França, assim como no Brasil e em todos os países do mundo a tirania sempre dominou e podemos constatar que o sistema sendo de vitimização para a exclusão e o extermínio, a situação dos atingidos por violências é similar pelo mundo afora e o descaso é programático, a começar pelo Jurídico e todo o sistema de saúde armado para proteger agressores perversos dominadores.
Pesquisas brasileiras estão sendo divulgadas e muitas manifestações pela cultura de paz, pela proteção de mulheres e crianças, de negros e índios, minorias-maiorias, de respeito aos direitos humanos e da natureza.
A civilização deve avançar, basta de tirania! Somos todos dignos de respeito, atenção, cuidado.
De fato, todos estamos vítimas das violências, estão matando adoidado, qualquer um está indefeso face à psicopatia ambiente, em estado de choque e de estresse pós-traumático. Numa paranóia desgastante.
É preciso inverter os valores, valorizar as vítimas e investir na vida digna para todos e na integridade dos indefesos, começa assim.
A cultura masculina é perversa e psicopata. Matar é a Lei.
Assim, todos podemos assinar este manifesto pelos direitos das vítimas de violências.
Mirian Giannella, Tradutora
Assine a petição: http://9395.lapetition.be/
MANIFESTO VIOLÊNCIAS E CUIDADOS: para que as vítimas de violências recebam cuidados apropriados e que seus direitos sejam respeitados!
Na França, em 2011, a ausência de despistagem das violências, de proteção às vítimas e de tratamentos especializados estão na origem de um custo humano enorme e de um custo bem importante em despesas de saúde e ajudas sociais que poderiam ser evitadas. Ora, é possível combater a violência por uma prevenção dirigida, uma proteção sem falhas e um atendimento especializado às vítimas. Todas as vítimas devem ser protegidas e tratadas e seus direitos devem ser respeitados.
POR ISTO, ENQUANTO ASSOCIAÇÕES, PROFISSIONAIS DO ATENDIMENTO E TRATAMENTO DAS VÍTIMAS, ENQUANTO VÍTIMAS E PRÓXIMOS DE VÍTIMAS, ENQUANTO CIDADÃOS LANÇAMOS, NESTE 22 DE FEVEREIRO DE 2011, ESTE MANIFESTO/PETIÇÃO SOBRE VIOLÊNCIAS E CUIDADOS www.memoiretraumatique.org
PARA QUE AS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIAS SEJAM ENFIM PROTEGIDAS, PARA QUE RECEBAM CUIDADOS ADEQUADOS E PARA QUE SEUS DIREITOS SEJAM RESPEITADOS
Direito a ser ouvida, reconhecida e não desacreditada;
Direito a ser socorrida, protegida e informada;
Direito a que justiça lhe seja feita;
Direito a ser tratada com dignidade, cuidado e atenção, com respeito as suas demandas e com o seu consentimento;
Direito a receber cuidados de qualidade gratuitos, por profissionais competentes e formados, em lugares adaptados e acessíveis a todos;
Direito a não sofrer violência no âmbito dos tratamentos e encaminhamentos.
EM 2011, ESTES DIREITOS FUNDAMENTAIS AINDA NÃO SÃO RESPEITADOS!

TAMBÉM ACUSAMOS
As Políticas, os Poderes Públicos, os profissionais supostos atender as vítimas de violência e a sociedade em seu todo
DE ABANDONAR AS VÍTIMAS
De não as ver, de as ignorar, de não as ouvir, de estarem na negação da realidade das violências e de suas consequências sobre a saúde, de não as socorrer, de não as proteger, de não lhes render justiça, de não as tratar e frequentemente de as maltratar no curso do atendimento e encaminhamento.
De abandonar as vítimas, ficar indiferente a sua sorte é lhes dar pouco valor e é confortar os agressores num sentimento de superioridade que lhes permite se outorgar o privilégio de instrumentalizar as vítimas para as submeter e se servir delas como escravas ao seu serviço.
DA NÃO ASSISTÊNCIA À PESSOA EM PERIGO:
As violências fazem correr maiores riscos às vítimas e aos seus próximos que são testemunhas (sobretudo as crianças). Produzem graves repercussões imediatas e a longo termo na saúde e desenvolvimento psicológico e social das pessoas. Constituem um dos principais problemas de saúde pública no mundo e são um determinante maior da saúde de uma população (cf o preâmbulo):
Risco de homicídios, de ferimentos graves, de contaminação e gravidez pelas violências;
Risco importante de mortes precoces com maior risco de acidente (ligados aos transtornos de atenção e de concentração, às ausências, e à exposição ao perigo multiplicados por 10), de suicídios (risco 10 à 20 vezes maior);
Risco para a saúde mental com importantes transtornos psicotraumáticos: sofrimento psíquico, depressão, transtornos de ansiedade, compulsões, fobias e obsessões, problemas de sono, transtornos dissociativos, transtornos do comportamento alimentar e sexual, transtornos das condutas – expor-se ao perigo, auto-mutilações, jogos perigosos, sexualidade de risco, condutas aditivas - transtornos da personalidade, sentimento de insegurança, de culpa, de vergonha e ausência de auto-estima;
Risco para a saúde física: doenças decorrentes das sequelas das violências, doenças ligadas ao estresse (cardiovasculares, endócrinas particularmente diabete, digestivos, genito-urinários, imunológicas, infecciosas, pulmonares, etc), doenças ligadas às condutas de risco (contaminação, gravidez precoce, gravidez de risco, consequências na saúde do consumo de tabaco, álcool, drogas, superconsumo de medicamentos), doenças ligadas à dissociação e à anestesia emocional (falta de prevenção, negligências graves), com aumento muito importante de demanda de cuidados, de exames médicos e de intervenções cirúrgicas (ligadas à memória traumática, multiplicados por 8);
Risco de fracasso escolar e profissional, de invalidez, de isolamento social, de marginalização e de exclusão, de grande pobreza, de prostituição, de alcoolismo e de toxicomania, de sofrer novas violências, de cometer violências, risco de delinquência;
DAS INJUSTIÇAS
As vítimas de violência sofrem injustiças em cascata: Injustiça por serem vítimas inocentes de uma violência cega, presa numa história que não as concerne;
Injustiça por serem vítimas de uma sociedade que as expõe duplamente, de uma parte, criando um contexto desigual que permite aos agressores utilizar uma posição dominadora para instrumentalizar indefesos, e de outra parte, não colocando todos os meios políticos em operação para lutar contra as violências;
Vítimas da comunidade que não quer nem ver, nem saber, nem ouvir, nem denunciar o que elas sofrem na intimidade de uma família, de um casal, de uma relação ou no espaço fechado do trabalho, de uma instituição;
Vítimas de maus tratos cometidos inclusive pelos profissionais que deveriam as proteger, socorrer, lhes render justiça e as tratar, e que freqüentemente não lhes dá crédito, banalizam as violências e subestiman o perigo que elas correm e as consequências que sofrem, por falta de formação, sobretudo, mas também por negligência e falta de empatia;
Vítimas da injustiça desesperadora de ver agressores se beneficiar, na maioria dos casos, de uma impunidade total, por não serem denunciados, investigados, julgados no tribunal ou de serem condenados por uma justiça ainda demais parasitada por inúmeras idéias recebidas sobre as vítimas e as violências, e que desconhece os numerosos índices e provas médicas, os agressores podendo continuar a exercer violências tranquilamente;
Vítimas da injustiça que no fim das contas ficam condenadas a sofrer, a lutar e a ter que se justificar sem cessar, terão que suportar o desprezo, as críticas e julgamentos, ouvir discursos moralizantes e culpabilizantes pelos sintomas que ninguém pensa em religar às violências.
DE DISCRIMINAÇÃO
Não lutando suficientemente contra todas as desigualdades e discriminações que torna possíveis as inúmeras violências: discriminações sexistas, racistas, xenófobas, étnicas, ligadas à idade, à gravidez, deficiências, doença, à pobreza, às convicções religiosas;
Não protegendo e não garantindo condições de vida decente aos mais vulneráveis e aos mais dependentes como as crianças, os idosos e as pessoas com necessidades especiais e doentes;
Não tolerando situações que são violações graves à dignidade das pessoas como as situações de escravidão, de grande pobreza, de grande marginalidade e exclusão, de exposição à prostituição e pornografia, ao tráfico, as discriminações exercidas sobre as vítimas as colocando a priori sob suspeita de mentir quando denunciam as violências;
E DE EXERCER VIOLÊNCIAS OU DE SEREM CÚMPLICES!
VIOLÊNCIAS POR CUIDADOS INADEQUADOS E VIOLÊNCIAS DURANTE OS TRATAMENTOS
A maioria das vítimas não se beneficia de cuidados apropriados indispensáveis. Os atendimentos estão saturados de violências, no melhor dos casos trata-se da parte dos cuidadores de desconhecimento, de falsas representações, e no pior, de indiferença, de negligências, de anestesia emocional, de discriminações e até da intenção de prejudicar: de dominar, manipular ou destruir. E os cuidados estão singularmente ausentes quando se deveria tratar as vítimas de violências.
Os cuidados dados às vítimas são na maioria apenas sintomáticos e raramente levam em conta as violências, nenhum elo é feito no conjunto, o que torna os cuidados ineficazes na duração. A expressão da memória traumática pode ser enganosa e conduzir a erros diagnósticos, por exemplo, no caso de reminiscências que tomam forma em dores (quando houve espancamentos e sevícias), de sufocamento (quando houve esganadura, estrangulamento, por exemplo), náuseas, vômitos, ausências, vertigens, até desmaios (como durante as violências), sons ou frases, gritos ou imagens ou sensações táteis que podem tomar forma em alucinações. Exames e intervenções cirúrgicas inúteis podem ser praticados, diagnósticos errados prejudiciáveis às vítimas podem ser feitos, como o de psicose levando a longas internações em serviços fechados e tratamentos pesados e invalidantes. Freqüentemente os tratamentos psiquiátricos propostos são apenas anestesiantes emocionais e dissociantes, como os tratamentos sedativos, os eletrochoques, o isolamento, a contenção, as anfetaminas para as crianças hiperativas (a psiquiatria na primeira metade do século XIX utilizou a "faradização", os comas insulínicos, e na França, até os anos 50, a lobotomia, ainda é praticada em alguns países).As violências exercidas sobre pessoas em crise (que revivem os traumas no momento de iluminação de sua memória traumática) são infelizmente “eficazes” no curto termo, pois levam à dissociação e à anestesia emocional que acalmam a pessoa, mas elas são catastróficas pois traumatizam de novo a vítima e recarregam a memória traumática. Pode-se tratar de violências verbais (injúrias, frases degradantes), psicológicas (chantagens, ameaças) físicas (contenção, isolamento, privações, banhos frios).
Os cuidados são exercidos por definição em pessoas em situação de vulnerabilidade, que esta vulnerabilidade seja pontual, ligada a uma doença passageira, um trauma ou uma gravidez, ou que seja durável, ligada à doenças crônicas, à deficiências físicas e mentais ou a estados de grande dependência como a primeira infância e a velhice. Esta vulnerabilidade expõe os pacientes à violências ainda mais frequentes que no resto da população, da parte de cuidadores, próximos ou outros doentes.
As violências sexuais cometidas por cuidadores, particularmente médicos, são bem mais frequentes que pensamos, são objeto de renegação e da lei do silêncio. A posição de autoridade do médico, o abuso da confiança implícita que desvia por sua conta a encenação de uma dívida que lhe deveria o paciente pelos cuidados prodigados, permitem a um médico impor atos violentos, de extorquir emocionalmente e de manipular facilmente uma paciente ou um paciente para quem dizer não ou se defender será impossível, como num incesto pai-filha.
Na França, nenhum estudo foi feito sobre estas violências que terão graves consequências sobre as vítimas, e não dispomos de nenhuma cifra. Segundo estudos americanos cerca de 10% dos médicos, psiquiatras, psicólogos tiveram contatos sexuais com seus clientes, e ao menos 89% dos contatos sexuais no quadro das relações profissionais no âmbito da saúde tiveram lugar entre um homem profissional e uma mulher cliente.É sabido que uma pessoa deficiente corre três vezes mais riscos que uma pessoa válida de sofrer violências. As cifras canadenses (não temos cifras na França) mostram que 40% das mulheres que apresentam deficiência física sofrem ao menos uma agressão sexual no curso da sua vida, e que 39 a 68% das mulheres que apresentam deficiência mental sofrem ao menos uma agressão sexual antes dos 18 anos. Essas violências são fatores agravantes da deficiência e da exclusão.
PERGUNTAMOS:
Por que não há política de saúde que leve em conta o impacto da violência sobre a saúde das pessoas? Visto que está demonstrado que se trata de um fator de risco maior?
Por que não há formação dos médicos, psiquiatras e psicólogos clínicos em psicotraumatologia durante seus estudos e no quadro de uma formação permanente?Por que não há centros de cuidados específicos acessíveis a todos e em todo o território e em cada Estado?
Por que não há campanhas que divulguem informações sobre o impacto na saúde das violências?
NÓS QUEREMOS
Uma verdadeira política de saúde pública em relação às violências;Uma verdadeira proteção para todas as vítimas de violências;
Cuidados de qualidade e de proximidade, precoces, especializados e gratuitos para todas as vítimas de violências;
Formação dos profissionais da saúde para a prevenção, a despistagem e os cuidados às vítimas de violências;
Centros de saúde para as vítimas em cada Estado;
Campanhas de informação e de prevenção para o grande público;
Promover investigação e pesquisas sobre o assunto;
A criação de um observatório nacional sobre o impacto das violências e o tratamento das vítimas.
MAIS NINGUÉM DEVE SE SENTIR CULPADO POR SER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA. Este sentimento é criado por uma impostura, uma manipulação para estabelecer uma inversão de responsabilidade e uma recusa da justiça. Esta impostura é veiculada por uma sociedade desigual que apenas difunde o discurso dos dominadores: a saber, que uma vítima se situa ao lado dos inferiores, que ela não vale grande coisa, que ela é nula, fraca, incapaz. E que pior para ela, ela que não deveria ter se exposto à violência... que ela provocou... que ela não fez o que deveria ou então que ela é má, mentirosa ou ainda que ela não entendeu nada, que não é tão grave.... E esta impostura é confortada pelo fato de que as vítimas são abandonadas e nunca ouvidas, elas não merecem, então, ser protegidas e tratadas, suas palavras não têm valor e que a justiça não lhes é devida por serem indignas.
DEVE-SE SER SOLIDÁRIO COM AS VÍTIMAS E SOCORRE-LAS!
A DIGNIDADE ESTÁ DO LADO DAS VÍTIMAS,
A INDIGNIDADE DO LADO DOS AGRESSORES
Assine a petição: http://9395.lapetition.be/

Contatos: Associação Memória Traumática e Vitimologia:
Dr Muriel Salmona, Presidente
54, avenue des vergers - 92340 - Bourg la Reine
mail : drmsalmona@gmail.com ; tel : 06 32 39 99 34
site : www.memoiretraumatique.org

PARA MAIS INFORMAÇÕES LER O PREÂMBULO: http://stopauxviolences.blogspot.com/2011/02/campagne-2011-de-lassociation-manifeste.html
E NO SITE : www.memoiretraumatique.org

No Brasil: Observatório da Clínica
Mirian Giannella, Psicotraumatologia, Pesquisa e tratamento para estresse pós-traumático
http://giannell.sites.uol.com.br/observatorio_da_clinica.htm
mail: apoioasvitimas@gmail.com
tel: 11 3726 8119
São Paulo, capital, Caxingui, Butantã,

Mais informações nos Blogs de Apoio às Vítimas
http://carpediem-magia.blogspot.com
http://apoioasvitimas.blogspot.com
http://giannell.blog.uol.com.br

Assine a petição: http://9395.lapetition.be/

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