Consulta Psicoespiritual (Taroterápico)

terça-feira, 21 de outubro de 2014

REPERCUSSÃO DA IGREJA INVISÍVEL NA MÍDIA - 1.2.3 - (TESE INVISÍVEL): FÉ, ARTE E CIÊNCIA NA PÓS –MODERNIDADE (CONJECTURA DA SAÚDE MENTAL PORVINDOURA)

1.2.3        Repercussão da Igreja Invisível na Mídia

No ano de dois mil e nove foi marcado pelos vinte anos da morte de Raul Seixas, na data específica preparamos um ritual em sua homenagem e para nossa surpresa a revista Época se interessou em cobrir o evento, publicando posteriormente uma matéria que segue  abaixo em forma de citação:

“Conheça a Igreja Invisível, inspirada em Raul Seixas

Busca por estados alterados de consciência é feita com chá de gengibre. Organização está envolvida na luta antimanicomial
A casa de número 854 da rua Tonelero virou um intrigante mistério para a tradicional vizinhança da Vila Ipojuca, na Lapa. Com todas as janelas da extensa fachada vedadas, as únicas pistas do que acontece ali estão sobre a porta principal: um enigmático endereço do site Igreja Invisível.com, ao lado de uma estrela de oito pontas e a chave que Raul Seixas imortalizou como o símbolo da Sociedade Alternativa. No poste de luz em frente, desenhos do músico deixam a coisa ainda mais sinistra para quem já ouviu falar de sua a ligação com rituais de magia negra.
Com nome inspirado na música “Pastor João e a Igreja Invisível”, a ii, como seus membros a chamam, também pode ser considerada um caminho alternativo. “As religiões tradicionais tentam sempre nos transformar no que a gente não é”, dá uma pista a atriz e publicitária Valéria Calado, que pertenceu ao Santo Daime antes de fundar a Igreja Invisível, em dezembro de 2007. A idéia de "terceira via" também é sugerida nos versos do hino inspirador: “Eu não sei se é o céu ou o inferno/ Qual dos dois você vai ter que encarar/ E foi para não lhe deixar no horror/ Que eu vim para lhe acalmar”, escreveu Raul Seixas. 
No último sábado (22), dia seguinte ao aniversário de 20 anos da morte do cantor, o grupo se reuniu para o que chamam de "experiência invisível", principal cerimônia da entidade. “É uma busca de estados alterados de consciência, cada pessoa experimenta o seu”, tenta explicar Valéria. É bom deixar claro que eles não usam nenhuma droga. “O único chá que vamos servir é de gengibre”, brinca a presidente da i:i. 
Apesar de não se ater muito a rituais religiosos, a i:i tem as portas abertas como às de qualquer igreja. E quem superar a desconfiança e tocar a campainha vai ver que não há nada de macabro ali dentro. Mas, desta vez, o mistério se fez mais claro para a vizinhança, que conseguia espiar parte da cerimônia na garagem da casa: “Por causa da gripe suína, vamos fazer a experiência invisível aqui fora", explica Dennis Brandão, marido de Valéria. 
Instalada quase em frente a tradicional igreja de Santo Antonio do bairro desde o início do ano, a Igreja Invisível não segue nenhum preceito religioso – apesar de seus membros se definirem como cristãos e negarem ser agnósticos. Mistura de centro cultural e espaço terapêutico, a entidade está envolvida na luta antimanicomial e comanda ações sociais para portadores de doenças mentais. “Ninguém melhor que o Maluco Beleza para ser o mentor do nosso projeto", resume Dennis.

Uma das iniciativas sociais da ii, que tem uma mini produtora de audiovisual no espaço, é o Projeto Carrano, em homenagem ao escritor Austregésilo Carrano, autor do livro Cantos dos Malditos, adaptado para o cinema no filme Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky. “ Ele foi uma vítima do sistema manicomial e da indústria farmacêutica", protesta Dennis, que era amigo do escritor, e usou seu nome para batizar o projeto de produzir dez curtas metragens protagonizados por pessoas com algum transtorno mental. 
Travestido de Raul, era ele quem comandava a experiência invisível aquele dia – na ausência de João, o encarregado de fazer as honras de pastor, tal como na música. “Ao final de quatro encontros teremos o personagem invisível, vamos conhecer o seu semblante. Tirem suas máscaras”, orientava Dennis, mesclando as técnicas de suas aulas de teatro com cromoterapia e música, enquanto alguns membros cuidavam dos preparativos, cortando os papéis do santinho invisível e incensando o ambiente.

Encerrada a experiência, era a hora de fechar o encontro com o pocket show do grupo Exu do Raul. “Acredito que ele baixa em mim de verdade”, diz Dennis, justificando o nome da banda. Os versos da inédita música Gostei (“Por que que cristo não desceu lá do céu?/E o veneno só tem gosto de mel?”), parceria de Raul de Paulo Coelho e regravada na versão original na última semana, caíram muito bem no repertório. “É uma clara demonstração de Raul com sua religiosidade invisível, retratando perguntas que fazemos todos os dias”, filosofa . Como dizem os integrantes da ii, “Acredite vindo”.”[1]


Um de nossos convidados que participou de todas as etapas deste mesmo ritual é também uma figura ilustre e colunista cultural da emissora de televisão chamada de Rede TV. Diante do sucesso que foi o ritual em homenagem ao Raul Seixas, Diego Max reservou um espaço especial em sua coluna de arte e cultura para comentar o que significou a experiência obtida através do culto da Igreja Invisível:

“Vivam as Sociedades Alternativas! O legado nos vinte anos sem o Maluco Beleza

Neste último dia 21 de agosto se lembrou o falecimento do ícone musico-cultural brasileiro, Raúl Seixas.

Como não poderia deixar de ser em eventos, encontros e até cultos por todo país, se reverenciou a figura e legado do grande artista de toques revolucionários.

Muitos, ou até mesmo a maioria de seus saudosistas seguidores, e dentre estes aqueles que nem são contemporâneos de Raulzito em vida afirmam que hoje faz toda a falta dentro do cenário da música nacional, e com certeza assim faria muita diferença se presente estivesse com suas composições, criticas e questionamentos.

Sósias por todos os Estados do país, estes de rosto e semelhança de alma, ainda buscam nas inspirações do artista o reforço e reflexo para as suas próprias inspirações além de musicais também na vida, isso é transcender a existência, o que de fato é dádiva de poucos.

Homenageado por músicos, poetas, escritores, atores, trabalhadores e desempregados também, ainda é retrato fiel de uma força de enfrentamento não só de conceitos e paradigmas sociais e politicamente estabelecidos, mas da própria alma e conflito individual o que nos dias ambiciosos e competitivos de hoje, se nota mais intensamente no reflexo das relações da própria sociedade e mesmo amorosas.

Sem ter o objetivo de retratar a historia cronológica de Raulzito, quero apenas somar uma idéia de carência também do que este representa até hoje e, mesmo que sob alguns aspectos questionável em sua vida pessoal, como os problemas com álcool e drogas que debilitaram sua saúde e que acabaram por provocar a sua morte, é de se refletir sobre o aporte reflexivo de seu trabalho e como nós repercute até hoje diante de tamanha desfacelamento de conteúdo de muitas produções intelectuais e artísticas, por ai expostas hoje em dia.

Eu como artista, sinto a falta de Raúl e da necessidade de qualidade e criatividade também!

Sociedade alternativa:

Sabedor que sou de inúmeras comunidades culturais existentes ativas e espalhadas por todo o Brasil com conceito de Sociedade Alternativa que merecem minha consideração, o respeito e carinho do meu comentário, tomo a liberdade de citar nesta ocasião em especial uma das quais pude estar presente no seu encontro de celebração.

No sábado passado tive a satisfação de ser convidado para um evento, no qual convivi dignamente com este conceito, pró-eficiente-ativa e positiva de celebração de uma instituição alternativa, e cujo nome é Igreja Invisível.

Um retrato interessante de comunidade artística, cultural e espiritual até, que se espelha em muito nos moldes de uma filosofia do Maluco Beleza, neste caso observando-se num conceito saudável e poético.

Foi recebido com conversas e discussões sobre diversas questões, principalmente sobre a discussão da saúde mental, preconceitos, conceitos, necessidades e potencialidades, pois fazem parte do belo Projeto Carrano, nome do seu inspirador e autor do Longa-metragem “Bicho de Sete Cabeças”.

Toda esta situação de encontro foi regada (acreditem) a ausência de drogas ou álcool, e sim com muitos chás de gengibre, água, salgadinhos e...Músicas autorais e de Raul Seixas!

Acredito e muito neste tipo de Sociedade Alternativa, como disse diversas vezes, os artistas tem esta função e comprometimento de saber harmonizar intelecto e alma fundidos na arte com responsabilidade, e criar situações ricas e positivas nos seus encontros de bairros, espaços culturais e na alma que reflete a quem admira o artista, estes desbravadores e empreendedores que são os cineastas, músicos, atores, poetas, escritores, comunicadores e alquimistas!”[2]

Obtivemos através destas matérias um grande retorno de comentários e contatos a nossa organização religiosa. Sem dúvida, caso não tivéssemos seriedade em nosso trabalho espiritual, não teríamos também a mesma repercussão positiva na mídia e para o publico em geral. Após estas publicações ganhamos mais discípulos e fiéis a nossa inovadora religião chamada Invisibilidade.

PIRES. D.B.M. - (Nome sannyas: Deva Rafik)



[1]  LAVIGNE, Nathalia. Conheça a Igreja Invisível, inspirada em Raul Seixas. São Paulo, 2009. Disponível em <http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI89662-17276,00-CONHECA+A+IGREJA+INVISIVEL+INSPIRADA+EM+RAUL+SEIXAS.html> Acesso em 26 dez 2009.
[2]  MAX, Diego. Vivam as Sociedades Alternativas! O legado nos vinte anos sem o Maluco Beleza. São Paulo, 2009. Disponível em <http://www.redetv.com/portal/Colunista.aspx?34%2cDiego-Max> Acesso em 28 dez 2009.

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